quarta-feira, 27 de junho de 2012

A imagem do dia: o arco-íris da baleia



Um turista em Nova Scotia (Canadá) flagrou um momento bem curioso: uma baleia perto do barco onde ele estava acabou formando um arco-íris ao expirar o ar após a submersão.

Fonte: "Page not found", de O Globo.

Vídeo sobre jeitinho carioca faz sucesso na internet

Já viram? Está rolando na Rede.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Blogueiro Mercante e as novidades na internet: Sites comercializam fãs no twitter e no facebook

Deu hoje no site da Folha de S. Paulo.

Sites comercializam fãs no Twitter e no Facebook

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES


Quanto vale seguir alguém no Twitter? Ou "curtir" uma página no Facebook ou um vídeo no YouTube? Tem preço? Segundo sites no Brasil e no exterior, tem.
Serviços como Popular Fans, Social Jump, Big Follow e Twitter King oferecem esquemas dos mais variados, incluindo alguns irregulares, que colocam um seguidor do Twitter, por exemplo, valendo de R$ 0,0006 a R$ 0,31.


Os mais baratos em geral são "fantasmas", contas criadas por computadores, que só tuítam spam. Não interagem, servem só para engordar o número de seguidores.
Ilustração Adams Carvalho

Com preços acessíveis, a compra de fãs no Facebook e seguidores no Twitter atrai tanto usuários comuns como agências de publicidade -estas, tentando turbinar a popularidade de seus clientes.

"Nosso serviço é polêmico, muita gente critica. As pessoas inflam seus números [de seguidores no Twitter ou "likes" no Facebook] de forma artificial, principalmente por vaidade, em busca de fama", contou à Folha o programador Rafael Franco, 29, que administra ao menos quatro endereços com serviços do tipo.

No Brasil, um modelo popular de compra para o Twitter é baseado em usuários que aceitam seguir outras pessoas recebendo em troca alguns seguidores. Funciona assim: quem digita seu nome de perfil e senha do microblog em sites como o Big Follow passa a ser seguido na hora por até 20 perfis.

Em troca, o usuário é obrigado a seguir de volta não só esses mesmos 20 perfis mas também as contas de clientes VIP, que pagaram por pacotes de ao menos 500 seguidores. Além disso, quem se cadastra passa a mandar tuítes automáticos de publicidade.
E os seguidores são todos reais? "Não tem como ter 100% de controle dos perfis falsos. 

Tem gente que cria um falso para testar o produto antes de colocar o seu perfil real. Mas é uma minoria", afirmou Bruno Maciel, 22, administrador de três endereços.
Os serviços existem há mais de dois anos, mesmo desrespeitando as regras estabelecidas pelo Twitter.

Um dos 19 termos contra spam do microblog diz que o usuário pode ser suspenso se ele "usar ou promover websites de terceiros que prometem atrair mais seguidores" ou se "seguir um grande número de usuários em um curto período de tempo".

No exterior, é comum a venda a baciada, com a entrega de até 16 mil seguidores em duas horas por R$ 10.

Para o Facebook, existem outras estratégias. "Temos uma rede internacional de pessoas que pagamos para 'curtirem' páginas. É gente aleatória que faz qualquer coisa por um pouco de dinheiro", disse ao jornal "The New York Observer" Matthew Prepis, diretor de uma agência de New Jersey (EUA).

Questionado pela Folha, o Facebook afirmou, em nota, que "incentivar alguém a 'curtir' uma página é uma violação dos termos de serviço".

A irregularidade não é um impedimento para sites como o brasileiro Add Likes, que oferece pacotes de cem "curtidas" por R$ 50 e de mil "curtidas" por R$ 400.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Gabriela e a Navegação de Cabotagem de Jorge Amado

O genial Jorge Amado e a sua paixão pelo mar, pelas mulheres e pelas coisas brasileiras (em especial da Bahia) estão de volta com a nova versão do clássico "Gabriela" na TV Globo. Quem gosta de televisão, de Jorge Amado e da beleza brejeira da atriz Juliana Paes está curtindo. E bota curtindo nisso.

Cena do banho de Gabriela (Juliana Paes) mostrada no segundo capítulo

Se motivos como o Blogueiro Mercante destaca acima não são suficientes para justificar um post como este num blog voltado especialmente para os mercantes marítimos, vale destacar que o livro de memórias de Jorge Amado (ou melhor, "apontamentos para um livro de memórias que jamais escreverei", como o próprio definiu) se chama "Navegação de Cabotagem".

" (...) Não nasci para famoso nem para ilustre, não me meço com tais medidas, nunca me senti escritor importante, grande homem: apenas escritor e homem. Menino grapiúna, cidadão da cidade pobre da Bahia, onde quer que esteja não passo de simples brasileiro andando na rua, vivendo. Nasci em Pelicado, a vida foi pródiga para comigo, deu-me mais do que pedi e mereci. Não quero erguer um monumento nem posar para a história cavalgando a glória. Que glória? Puf! Quero apenas contar algumas coisas, umas divertidas, outras melancólicas, iguais à vida. A vida, ai, quão breve navegação de cabotagem! (...)" (páginas 12 e 13 da edição comemorativa dos 100 anos de Jorge Amado).

Destacamos ainda a primeira capa do livro e o relato assinado por Paloma, filha do saudoso escritor baiano. Genial o trecho em que Paloma conta como Jorge Amado finalizou o livro:


Primeira capa do livro "Navegação de Cabotagem"


Das abas do livro
Por Paloma Amado
O ano era 1991. Creio que a proximidade dos oitenta anos fez papai - o escritor Jorge Amado - decidir-se por, finalmente, colocar no papel algumas lembranças e alguns pensamentos, fruto de uma vida intensamente vivida. A ideia o tentava há muito tempo, porém um pacto feito com Ilya Eremburg e Pablo Neruda, de nunca publicarem livro de memórias, o retinha. Depois da morte de Ilya, sua filha Irina publicou não um, mas uma série de livros de memórias, que o pai havia deixado prontos. O de Neruda, também póstumo, Confesso que vivi, saiu em plena ditadura Pinochet. Por que esperar mais? Já tinha o título para o pequeno conjunto de lembranças que iria oferecer ao público: Navegação de cabotagem.

Estavam em grande temporada francesa, para grande alegria minha, que vivia em Paris. O apartamento do Quai des Celestins era o local ideal para escrever,aconchegante, dona Zélia cozinhando risotos e brodos italianos deliciosos, o tempo friozinho, não precisou muito para seu Jorge botar mãos à obra. Aliás, o mesmo clima propício à escrita contagiou dona Zélia, que também foi para a máquina — no seu caso um computador —, escrever Chão de meninos.


Escreverem ao mesmo tempo não era comum, e na verdade criou um problema, já que mamãe sempre foi a datilografa dos originais de papai. Eu vinha de ficar desempregada, me candidatei e ganhei a vaga! Que privilégio.

Nunca vi papai tão entusiasmado, os textos fluíam com uma facilidade e uma rapidez impressionantes. Risos, lágrimas, foram grandes as emoções que sentimos juntos ao reler, corrigir, comentar cada episódio, cada luta, cada amor. Um dia chamei a atenção dele para o fato de que o "pequeno" livro já tinha mais de cem notas (era assim que ele se referia aos textos). Perguntei se a ordem de entrada em cena era a mesma da escrita e ele disse que não. Era preciso organizar o trabalho, já estava grande demais. Foi então que eu e Pedro (Pedro Costa, então meu marido)criamos uma espécie de quebra-cabeças: fiz, no computador, fichas onde se liam o título da nota e os dados principais: data, personagens, local, se político, se alegre ou triste..., identificadas por cores que facilitavam a ordenação.

A grande sala do apartamento era forrada de tecido levemente acolchoado, o que nos permitiu transformar as paredes em páginas de livro. Nelas papai prendeu com tachinhas as fichas, que trocava de ordem com grande frequência, à medida que o livro ia sendo escrito. As pessoas paravam para ler, comentavam:
Você fala de fulano em três notas seguidas..

Ele concordava ou não. Passou a ser o jogo preferido da família. Nos divertíamos muito, ele mais que todos.

A editora dera um prazo para a entrega dos originais, pois estava prevista a publicação dentro das comemorações dos oitenta anos. O pequeno livro já ia para mais de 500 páginas e parecia longe do fim. Pedro fazia a diagramação, que deveria ir para o Brasil em disquetes, para entrar direto em impressão, mas cada nota que mudava de lugar exigia mudanças na diagramação. Estava ficando difícil.

Para atender aos prazos, papai resolveu marcar uma data para acabar o livro.Como não queria cair em tentação, comprou um cruzeiro de navio pela Grécia e Turquia, convidou Misette para acompanhá-los e partiram. Eu e Pedro ficamos em Paris terminando a parte gráfica.

Logo na chegada a Atenas, onde pegariam o navio, papai enviou um novo texto.Foi assim durante toda a viagem: escrito à mão, era passado a limpo também à mão por mamãe, dona de uma bonita letra, e enviado por fax. Como vivíamos os primórdios dessa invenção genial, um dia recebi chamado da France Telecom perguntando se eu tinha consciência do custo daquelas ligações (os telefonemas – a cobrar - dados do navio eram caríssimos), e naquele dia haviam chegado 11 metros de fax mandados do mar Egeu! O problema não era tanto o dinheiro gasto, mas os apelos da Record para que mandássemos o livro, que nunca ficava pronto. Eles tinham toda a razão. Papai começou a se desculpar:

´Este é o último, eu garanto`.
Depois vinha mais um.
Este é o final.
E ainda.
Este é o derradeiro.
Quando já não encontrou mais sinônimos para a palavra último, e já chegando ao porto de Veneza, final do passeio, escreveu assim:

´Desta vez é definitivo, este é o ponto final. Juro pela alma de sua mãe`.
Reagi imediatamente:
Jure pela alma da sua, que já morreu, deixe a da minha em paz.
Fiz bem, pois de Veneza ainda chegou um, este sim, o último final derradeiro!

O livro saiu a tempo, com suas mais de 600 páginas. Maravilhosas páginas de uma vida cheia de amor, experiências e generosidade, que eu recomendo a todos".

domingo, 17 de junho de 2012

Blogueiro Mercante de olho na Rio+20: novo navio do Greepeace é destaque na Revista do Globo

A Revista do Globo publicou hoje uma matéria de capa sobre o novo navio do Greenpeace, que está na cidade para a Rio+20. Como todos nós aqui gostamos das coisas do mar e das coisas sobre navios reproduzimos as páginas aqui no Blogueiro Mercante. Infelizmente o blog não tem acesso aos textos divulgados pelo jornal, mas dá para ter uma ideia da reportagem. Recomendamos a leitura para quem tem acesso ao jornal.




Para ver mais de perto, clique nas imagens

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A foto marítima do dia: Engarrafamento até no mar"

Clique na imagem para ampliar

O título é meio que uma forçação de barra. Mas a foto publicada hoje na capa do Globo é muito bonita.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Blogueiro Mercante de olho na Rio+20: tratado de proteção aos oceanos é um dos resultados esperados do encontro

Deu hoje na Folha de S. Paulo. Vale a pena conferir.


Conferência pode entrar para a história como 'Cúpula dos Mares'
Embrião para um tratado de proteção aos oceanos é um dos resultados esperados do encontro
Texto em debate tem 20 parágrafos sobre tema; fundador da High Seas Alliance fala de ameaças às áreas marinhas
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO


Se a Rio-92 ficou conhecida como a Cúpula da Terra, a Rio+20 pode entrar para a história como a Cúpula dos Mares. Um dos seus principais resultados será o embrião de um tratado de proteção dos oceanos, dizem especialistas.

A proposta envolve a conservação da biodiversidade em áreas fora de jurisdições nacionais. Estima-se que 50% da superfície da Terra esteja em áreas marinhas fora das zonas econômicas exclusivas.

"O alto-mar é um bem coletivo global e todas as nações têm o direito e a responsabilidade de garantir a proteção e a preservação dessas áreas", disse à Folha Matthew Gianni, cofundador da ONG High Seas Alliance.

O texto-base da Rio+20, que começou a ser negociado ontem no Riocentro, contém 20 parágrafos sobre oceanos -com acordo em quase metade deles. A proteção do alto-mar é um dos pontos que ainda estão em aberto.

Em entrevista à Folha, Gianni, americano casado com uma carioca e radicado na Holanda, falou dos obstáculos à criação desse tratado.
Folha - Por que deveríamos proteger o alto-mar, para começo de conversa?
Matthew Gianni - Os mares profundos, que são a parte do oceano abaixo da borda da plataforma continental são um dos maiores reservatórios de biodiversidade da Terra, e a maior parte está em águas internacionais. Todas as expedições científicas para explorar essas áreas encontram espécies novas. Além disso, espécies, incluindo peixes, cetáceos e tartarugas, migram longas distâncias entre a costa e o alto-mar.

Qual é a maior ameaça a essas regiões do oceano?
A sobrepesca e práticas destrutivas, como a pesca de arrasto em montes marinhos.

O que a Rio+20 pode fazer pelo alto-mar?
Na visão de ONGs e países, o resultado mais importante seria um acordo para um tratado de conservação de áreas marinhas além de jurisdição nacional. O tema é debatido há seis anos, nenhuma decisão foi tomada.

Quem está contra?
Canadá, Rússia, Islândia, Coreia do Sul e EUA.

E o Brasil?
Tem sido progressista nesse tema. Esperamos que o priorize na Rio+20.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Blogueiro Mercante de olho na Rio+20: Navio do Greenpace vira atração no Rio

Deu no site do Estadão.


Navio do Greenpeace chega ao Píer Mauá, no Rio

Tiago Rogero, do Rio
Chegou hoje ao Rio o navio Rainbow Warrior (“Guerreiro do Arco-íris”), do Greenpeace, que ficará atracado no Píer Mauá até o fim da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A embarcação, usada pela organização não governamental (ONG) para protestos e campanhas de conscientização pelo mundo, está em águas brasileiras desde março e utiliza a chamada sustentabilidade náutica.
Até o fim da Rio+20, o Greenpeace vai focar as atividades na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, evento que se contrapõe às reuniões oficiais de autoridades no Riocentro, na Barra da Tijuca.
“Na Cúpula dos Povos vão acontecer as discussões que não estão acontecendo no Riocentro. O documento que está sendo discutido pelas Nações Unidas não aponta o mundo que queremos”, disse o diretor executivo do Greenpeace no País, Marcelo Furtado. “Os governos iluminaram o palco, mas quem vai ocupá-lo será a sociedade civil”.
Neste fim de semana, 16 e 17, e nos dois últimos dias de Rio+20, 21 e 22, o público poderá subir a bordo para conhecer o Rainbow Warrior. Antes de chegar ao Rio, o veleiro passou pela Amazônia e parte da costa brasileira, como São Luís (MA) e Salvador (BA).
“A principal mudança, talvez, desde a Eco-92 (também realizada no Rio), é que o Brasil se tornou mais importante no cenário mundial. Portanto, precisa ser mais responsável e, como anfitrião, seja firme na condução da Rio+20, disse o diretor executivo do Greenpeace no País.
naviogreenpeaceblog.jpg

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Blogueiro Mercante de olho na Mídia: os cuidados para ter privacidade na internet

Deu hoje na versão do The New York Times da Folha de S. Paulo.


Cobrindo pegadas para ter privacidade na internet
Por KATE MURPHY

Embora seja provavelmente impossível encobrir totalmente suas atividades on-line, você pode tomar medidas para garantir mais privacidade. O truque é encontrar o equilíbrio entre custo e conveniência.

Há hackers passeando pelos pontos de Wi-Fi, claro. Mas especialistas em segurança e defensores da privacidade dizem que mais preocupantes são os provedores de serviço da internet, os buscadores, os provedores de e-mail e os administradores de sites. E, se uma entidade atua em mais de uma função, como Google, Yahoo, Facebook e AOL, elas podem facilmente comparar seus e-mails com seu histórico de buscas, além de descobrir sua localização e identificar os equipamentos que você usa para se conectar.

"O pior é que eles vendem essa intrusão como uma grande dádiva para a sua vida, já que moldam serviços as suas necessidades", disse Paul Ohm, professor associado de direito da Universidade do Colorado, em Boulder, especializado em privacidade da informação e crimes digitais. "Mas a maioria das pessoas quer mesmo entregar tanto? Não."

Ele aconselha as pessoas a se desconectarem de sites como Google e Facebook sempre que possível, e não usarem o mesmo provedor para múltiplas funções. "Se você faz buscas no Google, talvez não deva usar o Gmail."

Serviços gratuitos menos conhecidos, como HushMail, RiseUp e Zoho, prometem uma política de não-intrusão. Ou pode-se criar um servidor de e-mail próprio, como fez Sam Harrelson, professor do ensino fundamental em Ashville, na Carolina do Norte.

"O tópico das políticas de privacidade e o que vem pela frente para as nossas pegadas digitais é fascinante e pertinente para mim, pois trabalho com garotos de 13 e 14 anos que estão começando a mexer no Gmail e todos os aplicativos do Google, além do Facebook, Instagram e os games sociais", afirmou. "Não tenho nada a esconder, mas estou desconfortável com o que entregamos."

Mas, mesmo tendo seu próprio servidor de e-mail, o Google continuará lendo os e-mails trocados com contas do Gmail, segundo Peter Eckersley, da Fundação Fronteira Eletrônica, grupo de defesa dos direitos digitais, de São Francisco. "Você não pode escapar totalmente."

Outra tática é usar o buscador DuckDuckGo, cujo slogan é "Não seguimos nem borbulhamos você!". "Borbulhar" (bubbling) é a filtragem dos resultados de buscas com base no seu histórico de pesquisas.
Especialistas em segurança recomendam acionar o modo privado do seu navegador. Isso garante que cookies de monitoramento sejam apagados quando você fecha o navegador.

Mas esse modo privado não esconde o seu endereço IP, que permite que sites saibam quem você é, onde está, e quando e por quanto tempo visitou suas páginas. Resguardar o seu IP é possível se conectando às chamadas redes privativas virtuais, ou VPNs, como as oferecidas por WiTopia, PrivateVPN e StrongVPN. Esses serviços, cujos preços variam de US$ 40 a US$ 90 por ano, roteiam seu fluxo de dados para um servidor proxy, onde ele é despido do endereço IP antes de ser enviado ao destino.

Há também o Tor, um serviço gratuito com 36 milhões de usuários. O Tor criptografa dados e os joga para uma série de servidores proxy, de modo que nenhuma entidade saiba a fonte dos dados.

"Empresas como o Google estão criando esses enormes bancos de dados usando suas informações pessoais", disse Paul Hill, consultor sênior da SystemExperts, empresa de segurança para redes de Sudbury, Massachusetts. "Eles podem ter as melhores intenções agora, mas sabe-se lá como estarão daqui a 20 anos, e aí será tarde demais para pegar tudo de volta."

domingo, 10 de junho de 2012

Por que as mulheres não se destacam tanto na tecnologia como os homens?

Deu hoje no site do Estadão. Bom debate.


Tecnologia precisa atrair mais mulheres

Setor ainda não viu surgir equivalentes femininos a Jobs, Gates e Zuckerberg


Dana Goldstein, Slate
Os Estados Unidos produziram candidatas viáveis à presidência, mulheres atletas que comandam milhões de dólares em patrocínios esportivos, e a primeira economista a ganhar o Prêmio Nobel. Mas ainda não existe uma equivalente feminina de homens como Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg.
As mulheres continuam atrás dos homens na ciência da computação, setor no qual a parcela feminina da força de trabalho chegou a diminuir nos últimos 25 anos. Hoje em dia, as mulheres detêm 27% de todas as posições de trabalho ligadas à ciência da computação, proporção que era de 30% uma década atrás, e correspondem a apenas 20% dos estudantes universitários de computação, uma queda em relação aos 36% observados em 1986.
A diferenciação tecnológica tem início em casa, onde os meninos ganham seus primeiros computadores e videogames mais cedo do que as meninas, tendo também uma maior probabilidade de se divertir com brinquedos que desenvolvem as capacidades de raciocínio espacial, como o Lego. Ela continua na escola, onde as alunas demonstram menos confiança na matemática, na ciência e na computação, tendência que perdura no universo corporativo.
Mesmo entre os nomes da geração mais jovem de empresas de tecnologia, como Facebook, Google e Twitter, menos de 10% dos programadores - principal emprego do setor - são mulheres, de acordo com especialistas na indústria.
Os efeitos dessa diferença entre os gêneros vão muito além do baixo número de mulheres que criam jogos de videogame e aplicativos para a web junto a equipes masculinas (e que tornam a tecnologia mais consciente das necessidades das usuárias - basta pensar nas respostas que a Siri oferece para perguntas relacionadas ao aborto e as mensagens machistas publicadas pela Asus na sua conta do Twitter).
Nos últimos dez anos, o número de empregos criados nos setores correspondentes à sigla Stem (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, em inglês) foi três vezes maior do que aquele ligado aos demais setores, e os trabalhadores dos setores Stem apresentaram uma probabilidade muito menor de enfrentar o desemprego. As mulheres que trabalham em setores Stem têm salários melhores do que as demais: sua renda média é de US$ 31,11 por hora, comparada aos US$ 19,26 das mulheres de setores fora do Stem.
A lacuna salarial entre os gêneros também é menor nos setores Stem: apenas 14%, comparados à diferença de 21% entre os salários pagos a homens e mulheres do restante da força de trabalho.
Os economistas calculam que essa tendência deve continuar na próxima década. E, se as mulheres americanas não forem capazes de dar conta da demanda crescente pela mão de obra nestes setores, as concorrentes o farão. Brasil, Índia e Malásia estão entre as potências emergentes que contam com meninas muito mais bem preparadas para lidar com as ciências da computação.
Fronteira. Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, chama a luta para atrair as meninas e as jovens para carreiras no setor da tecnologia de "a grande fronteira da igualdade de oportunidades para as mulheres de nossa geração".
E Sheryl tem uma sugestão incomum para a superação desta diferença: "Deixem suas filhas jogar videogame. Incentivem suas filhas a jogar videogame!" foi o que ela me disse numa entrevista concedida no segundo semestre do ano passado.
Embora a maioria dos pais fosse capaz de fazer qualquer coisa para evitar que os filhos passassem o dia todo na frente de uma tela jogando games, a experiência com os jogos e com a linguagem dos computadores na infância foi o que motivou muitos programadores a entrar para o ramo, entre eles o chefe de Sheryl, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook.
O salto para a computação mais avançada não vem apenas da interação com os jogos - hoje em dia, 94% das meninas brincam com games, comparado a 99% dos meninos -, e sim da curiosidade em relação ao seu funcionamento e das tentativas de manipular o código para alterar o resultado dos games.
Os meninos ainda apresentam uma probabilidade muito maior de se interessar pela exploração deste tipo de programação simples de computador, e nem todas as meninas curiosas em relação ao funcionamento dos computadores têm em casa um pai que as incentive nem o equipamento necessário para dar vazão a esses impulsos.
Os educadores do ensino fundamental e médio sabem da importância de levar as meninas a se interessar pelo tipo de "raciocínio computacional" que torna possível a programação. A Academia de Engenharia de Software, escola pública cujo currículo será criado em torno da programação de computadores e do desenvolvimento para a web, vai abrir setembro em Nova York.
Apenas um quarto da primeira turma será composto por mulheres, mas os fundadores da escola, que têm vínculos próximos com a comunidade tecnológica nova-iorquina, têm planos ambiciosos para reunir as estudantes com orientadoras que trabalhem no setor com o objetivo de reduzir o atrito, conduzir as garotas para carreiras de destaque e recrutar mais alunas para as turmas futuras da escola. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

Blogueiro Mercante indica: "O código das profundezas",

Deu hoje no site do Estadão. Vale a pena checar.


História em águas abissais

O 'Código das Profundezas', de Roberto Lopes, traz à tona um capítulo das Malvinas

Roberto Godoy - O Estado de S.Paulo
'O Código das Profundezas' - Reprodução
Reprodução
'O Código das Profundezas'
A guerra do Atlântico Sul, entre a Argentina e a Grã-Bretanha, pelo conjunto de 700 ilhas, as Falklands/Malvinas, é o cenário do excelente O Código das Profundezas, de Roberto Lopes, jornalista e historiador. Excelente acima de tudo por não ser apenas jornalismo e história. 

O conflito, que completou 30 anos, está longe de ser totalmente compreendido e analisado. Ainda há interesses sensíveis a serem preservados - ou a Inglaterra não teria posto sobre determinados documentos um sinete que só poderá ser rompido depois de 2060.

Lopes retira do oceano de águas frias que cerca as ilhas a fatia da história que envolve submarinistas argentinos, seus navios - que representavam o melhor da tecnologia alemã - e os sucessivos erros que impediram sua utilização efetiva. Os submarinos poderiam ter alterado, se não o resultado, ao menos os rumos da disputa. No fim, as tripulações puderam comemorar tão somente o fato de terem sobrevivido.

O livro pode ser lido como um thriller de Tom Clancy , o autor de A Caçada ao Outubro Vermelho (Record), sem prejuízo de suas virtudes de documento de referência. A saga de combate do pessoal a bordo de submarinos em péssimas condições de manutenção, armados com torpedos irregulares e computadores defeituosos prende a atenção mesmo de um leitor distante daquele universo, na combinação de texto bem construído e solidez de pesquisa.

As musas da Eurocopa 2012

O site da Folha publicou algumas fotos das musas da Eurocopa. Para ver mais, clique aqui.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Você já comprou alguma coisa através do facebook?

Deu hoje no jornal carioca O Globo. Interessante essa pesquisa. Quem aguenta tantos anúncios. para ler é só passar o cursor do mouse na imagem.

domingo, 3 de junho de 2012

Blogueiro Mercante de olho na Mídia: "Internet vira dor de cabeça para atletas"

Muito interessante essa matéria que saiu hoje no caderno de Esportes da Folha de S. Paulo. Um alerta não apenas para jogadores de futebol e atletas, mas também para nós, mercantes blogueiros, e para todos os que navegam na Rede.


Internet vira dor de cabeça para atletas
SELEÇÃO
CBF quer fazer lista de perfis verdadeiros dos convocados para evitar confusão em redes sociais
DO ENVIADO A DALLAS


O zagueiro David Luiz navegava pela internet quando recebeu uma mensagem de um certo Thiago Silva.
"Meu parceiro, me adiciona aí, tamo junto na seleção."

David se espantou, porque Thiago Silva, o de verdade, estava ao seu lado naquele momento, e não manuseava um computador ou telefone.

A mensagem era de um perfil falso do zagueiro do Milan, mais um dos tantos que se fazem passar pelos atletas da seleção brasileira.

"Nao tenho Twitter, Facebook, nada disso", disse à Folha o capitão do time nacional. "É muito desagradável saber que tem gente por aí se passando por você, tentando se aproveitar disso."

O atacante Hulk também já sofreu com impostores, que publicaram mensagens como se fossem dele, algumas comentando especulações sobre seu destino após a janela de transferências.

É tamanho o incômodo que a CBF pretende publicar em seu site os perfis verdadeiros dos jogadores que eventualmente estiverem convocados.

No ano passado, um perfil falso do lateral esquerdo Marcelo publicou uma mensagem de apoio à Palestina contra Israel. A postagem foi apagada em seguida, mas desatou todo tipo de teoria da conspiração. Na época, Marcelo estava fora da seleção.

Os mais ativos na rede são Neymar, David Luiz e Leandro Damião, que comentam quase todos os treinos e postam fotos com frequência.

MORDAÇA
A espontaneidade excessiva no Twitter fez Neymar ser condenado a pagar até uma indenização: R$ 15 mil ao árbitro Sandro Meira Ricci, a quem criticou com a frase de arquibancada "juiz ladrão, vai sair de camburão".

Algumas seleções proíbem seus jogadores de se manifestarem em redes sociais durante a disputa de competições.

O técnico da Dinamarca, que apanhou do Brasil no último sábado (3 a 1), vetou o uso de Facebook e Twitter.

Foi criticado por jogadores e pelo ministro do Esporte do país, Uffe Elbaek, mas manteve a lei do silêncio virtual.

Nesta semana, a atual campeã do mundo também aderiu à mordaça. Vicente del Bosque, técnico da Espanha, proibiu manifestações durante a disputa da Eurocopa.

"Em quatro dias vamos estar com a seleção e não vamos poder tuítar", escreveu o meia Cesc Fàbregas.
Mano Menezes, ele mesmo um dos primeiros técnicos do Brasil a aderir ao Twitter, adota postura mais liberal.

O treinador permite o uso, mas pede que os jogadores não comentem assuntos internos da seleção. Já havia sido assim na Copa América, em 2011.

(MARTÍN FERNANDEZ)