domingo, 31 de março de 2013

Blogueiro Mercante e o Titanic: tvs brasileiras vão exibir documentário sobre o naufrágio

As tvs brasileiras vão exibir em abril a minissérie Titanic. Fique de olho na programação das tvs de canal fechado da sua cidade. Veja vídeo e informações abaixo.

Minissérie "Titanic" chega ao Brasil pela NatGeo

Produção de Julian Fellowes terá quatro episódios e abordará as diferenças de classes sociais que existiam no navio

Minissérie "Titanic" chega ao Brasil pela NatGeo  NatGeo/Divulgação
Minissérie será transmitida do dia 17 ao dia 20 de abrilFoto: NatGeo / Divulgação


Marcando o centenário do naufrágio do Titanic, o canal NatGeo, dedicado a documentários e programas especiais, abriu um espaço em sua grade para exibir uma produção dramática. No próximo dia 17 de abril, às 23h15min, estreia a minissérieTitanic, criada por Julian Fellowes - de Downton Abbey. As informações são do blog Nova Temporada, da jornalista Fernanda Furquim.
A série terá quatro episódios e trará uma história sobre as diferenças de classes sociais que existiam no navio. Os primeiros dois primeiros episódios apresentam pontos de vista diferentes para uma série de eventos, que culminam no naufrágio do Titanic, retratado nos dois últimos episódios.
O roteiro busca situações que possam mostrar o quanto as classes mais baixas eram discriminadas na época, em relação ao isolamento no qual os mais ricos se mantinham dos demais. Graças ao centenário, a minissérie tornou-se um produto muito procurado pelos canais internacionais. A produção já foi vendida a mais de 95 países.
Além do Brasil, a minissérie de Julian Fellowes foi adquirida por canais da China, América Latina, África, México, Bélgica, Singapura, Irã, Holanda, Austrália, Alemanha, Áustria, França, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia, Espanha, Portugal, Suécia, Polônia e Estados Unidos, entre outros.
Veja no vídeo, bastidores de produção da minissérie:

terça-feira, 26 de março de 2013

Blogueiro Mercante de olho na Mídia: Folha de S. Paulo chama prático de "manobrista de navio"

Se há uma coisa que nós mercantes precisamos ter é consciência dos objetivos de certas reportagens que são publicadas na Mídia. Como essa matéria do site da Folha de S. Paulo de hoje. O que há por trás de uma matéria dessas? Por que desmerecer uma categoria profissional chamando prático de "manobrista" de navio? A quem interessa esse tipo de enfoque?


'Manobrista de navio', que ganha até R$ 80 mil, terá preço tabelado

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AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO
Como parte da mudança que pretende fazer no setor portuário, o governo federal vai impor um teto para o serviço de praticagem: a contratação de um "manobrista" para os navios, que pode custar até US$ 3.500 por hora.
Editoria de Arte/Folhapress
Por lei, as companhias de navegação são obrigadas a contratar um dos 450 práticos habilitados, que auxiliam o comandante do navio a entrar e sair dos portos.
Parte desse grupo chega a ganhar de R$ 50 mil e R$ 80 mil por mês, segundo a Conapra (Conselho Nacional de Praticagem).
A reuneração inclui salários que variam de R$ 1,5 mil a R$ 20 mil, mais a distribuição de lucro das empresas de praticagem, das quais todos os práticos são sócios.
A Marinha do Brasil diz que o serviço de praticagem garante a "segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana e a preservação ambiental", mas esse monopólio também é apontado como um dos custos mais altos dos portos brasileiros.
Para tentar mudar essa situação, a Comissão Nacional de Praticagem, criada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2012, quer redefinir o preço do serviço.
"A metodologia em consulta pública vai considerar o tempo de manobra, o tamanho do navio, o tipo de carga e questões meteorológicas", diz Ilques Barbosa Júnior, presidente da comissão.
A consulta pública termina em 5 de abril.
CUSTO
O presidente da Conapra, Ricardo Falcão, critica o patrulhamento enfrentado pelo setor. Diz que a remuneração dos práticos não é alta, pois reflete a relevância do serviço. "O que deve ser considerado não é o custo da prestação do serviço, mas o valor desse serviço", diz.
A controvérsia sobre o custo da praticagem chega também aos levantamentos acadêmicos.
Estudo encomendado pelas companhias de navegação apontou que o preço da praticagem no Brasil é um dos mais caros do mundo.
O trabalho de 2008, assinado pelo Centro de Estudos em Gestão Naval da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, mostrou que o custo de US$ 3.500 por hora do serviço de praticagem em Santos --o maior porto do Brasil-- é o segundo maior numa lista entre 35 portos, entre eles o de Melbourne (Austrália), Montevideo (Uruguai) e Xangai (China).
A empresa Praticagem de Santos, no entanto, também encomendou um estudo à FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a conclusão foi a de que o custo no Brasil é equivalente ao internacional.
Segundo o trabalho, Santos tem custo menor do que o porto de Nova York (EUA), Roterdã (Holanda) e maior do que Durban (África do Sul) ou Barcelona (Espanha).

Blogueiro Mercante e os mistérios e curiosidades do mar: câmera perdida cruza o oceano e é achada seis anos depois

O mar é realmente um mistério. Quem é mercante sabe muito bem disso. Vejam que post interessante publicado hoje no site Terra.


Câmera perdida no Havaí cruza oceano e é encontrada após quase seis anos

Câmera perdida em agosto de 2007 no Havaí foi encontrada em fevereiro de 2013 em uma praia de Taiwan Foto: China Airlines (CAL) / EFE
Câmera perdida em agosto de 2007 no Havaí foi encontrada em fevereiro de 2013 em uma praia de Taiwan
Foto: China Airlines (CAL) / EFE
Em agosto de 2007, a turista norte-americana Lindsay Crumbley Scallan foi passar as férias no Havaí. Quando fazia mergulho em uma praia local, perdeu a câmera que levava consigo para registrar a experiência e a paisagem submarina do Oceano Pacífico.
Hoje, quase seis anos depois e em um raro episódio de sorte, Scallan terá suas fotografias de volta.
Em fevereiro deste ano, um diretor da companhia aérea China Airlines encontrou na praia de Taitung, ao leste de Taiwan, uma câmera. O aparelho estava encoberto por algas e corais, mas seu interior permanecia intacto, o que possibilitou a salvação dos negativos.
O exterior estava tomado por algas e corais, mas o interior permaneceu intacto, possibilitando a obtenção das fotografias e a identificação de sua proprietária Foto: China Airlines (CAL) / EFE
O exterior estava tomado por algas e corais, mas o interior permaneceu intacto, possibilitando a obtenção das fotografias e a identificação de sua proprietária
Foto: China Airlines (CAL) / EFE
As fotografias mostravam uma mulher em um cruzeiro no Havaí, de modo que foram difundidas pela Hawaii TV. Isso tornou possível a identificação de Scallan, que não acreditou que sua câmera pudesse ter cruzado o oceano até chegar à costa da Ásia.
A China Airlines ofereceu a Scallan um bilhete de ida e volta a Taiwan, para onde irá para recuperar a câmera náufraga e as memórias fotográficas da viagem havaiana de 2007.

sexta-feira, 22 de março de 2013

"Please please me", primeiro disco dos Beatles, faz 50 anos




Tipo de assunto que não tem idade. Para viver ou reviver visite o blog "Jam Sessions", do jornalista Jamari França, no Globo. Tem várias histórias sobre os Beatles e vários vídeos com músicas do primeiro disco. Clique aqui.

Blogueiro Mercante e os canais mais importantes do mundo - 5 (FINAL): Hangzhou, na China, e Saimaa, na Finlândia

A série sobre os maiores canais do mundo termina hoje. Ver posts anteriores.










segunda-feira, 18 de março de 2013

Blogueiro Mercante e os canais mais importantes do mundo - 1: Corinto e Suez

Sabe aquelas mensagens que a gente recebe nos nossos emails com slides de fotos que nem sempre temos tempo para abrir e navegar? E que muitas vezes deletamos. Pois bem, o Blogueiro Mercante recebeu essa semana uma dessas sobre os canais de navegação mais importantes do mundo e decidiu dividir com vocês. São 10 canais e vamos publicar dois a cada dia dessa semana. Para abrir a série os canais de Corinto, na Grécia, e Suez, no Egito. Para ler é só clicar nas imagens.








domingo, 10 de março de 2013

Blogueiro Mercante indica livro sobre as horas finais do Titanic

Para quem gosta de ler sobre o TITANIC eis uma dica interessante que vale a pena conferir.


Leiam a matéria publicada pela Folha de S. Paulo à época do relançamento do livro no Brasil.

Relato histórico do acidente do Titanic é lançado no Brasil

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IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO


A Amazon brasileira, que estreou anteontem, traz 500 títulos sobre o Titanic. A norte-americana, 3.000 opções. Há desde obras que comparam os menus dos cafés da manhã servidos na primeira e na terceira classes a textos emocionados como "Vovó Sobreviveu ao Titanic".

Há sociedades dedicadas ao navio com eventos anuais (titanichistoricalsociety.org), há sites com histórias de cada sobrevivente (como o titanicpassengers.com) e há até uma enciclopédia on-line sobre o naufrágio (encyclopedia-titanica.org).

Mas há um aspecto do livro escrito em 1955 pelo historiador norte-americano Walter Lord que jamais poderá ser superado: ele entrevistou 63 sobreviventes -o último deles, um bebê de nove semanas no naufrágio, morreu em 2009 aos 97 anos.
Reuters
Botes do navia Carpathia durante resgate de sobreviventes do Titanic
Botes do navia Carpathia durante resgate de sobreviventes do Titanic

O livro ganha agora -no ano do centenário do acidente que matou estimados 1.523 (e do qual sobreviveram 703)- sua primeira edição brasileira.

"Uma Noite Fatídica", tradução de Tomás Rosa Bueno para "A Night to Remember" (uma noite para ser lembrada), é um relato jornalístico sobre a noite de 14 de abril de 1912, um domingo.

Curto, objetivo, direto ao ponto, a obra apresenta o "iceberg logo à frente" já na segunda página.

Na terceira, ocorre o acidente: "Então, de repente, sentiu um movimento estranho romper o ritmo constante dos motores. Um veleiro com as velas içadas parecia estar passando a estibordo [lado direito]. Então, percebeu que era um iceberg, elevando-se, talvez, a trinta metros da superfície [um prédio de dez andares]."
Divulgação
Foto do iceberg responsável por afundar o Titanic
Foto do iceberg responsável por afundar o Titanic

BEST-SELLER
Assim, após o "vago ruído de trituração que pareceu vir das entranhas do navio" por volta das 23h40, Lord leva o leitor aos acontecimentos que desembocariam no naufrágio duas horas e meia depois, "sem campainhas nem sirenes. Nenhum alarme geral".
"Uma Noite Fatídica" foi um sucesso mundial assim que foi lançado, há quase 60 anos.
"Até o livro de Lord, o que a maioria das pessoas tinha lido sobre o Titanic vinha das notícias iniciais e, mais tarde, com a passagem dos anos, de artigos e entrevistas publicadas nos aniversários dos naufrágios", escreve o jornalista norte-americano Daniel Mendelsohn no prefácio à edição brasileira.
Havia também as reminiscências dos sobreviventes, principalmente de tripulantes, que lançavam suas memórias em forma de livros.
Mas, como nota Mendelsohn, "Lord foi o primeiro escritor a juntar tudo com um ponto de vista mais distanciado".
O prestígio de Lord durou até o fim de sua vida, em 2002. Por 50 anos, ele foi chamado para participar de praticamente qualquer projeto que envolvesse o nome
Titanic, incluindo a função de consultor do filme de 1997 do diretor James Cameron.
Um dos raros comentários feitos por Lord em "Uma Noite Fatídica" diz respeito ao destino dos passageiros de terceira classe (leia trecho nesta página).

ESTRELAS
Na metade do livro, quando o Titanic afunda, o historiador se põe a analisar as razões que levaram alguns a serem barrados nos botes salva-vidas e, mais do que isso, a anuência da sociedade da época e dos próprios passageiros mais pobres.
Foi um salve-se quem puder, com a tentativa de respeito a algumas normas. Os oficiais encarregados dos botes não deixavam homens subir, com exceções.
Mas quando a maioria das mulheres e crianças conseguiu seu lugar, não houve dúvidas de que a primeira classe tinha prerrogativa.
Conforme demonstra a demografia da tragédia (quadro à direita), salvaram-se mais homens da primeira classe (32%) do que crianças da terceira (31%), proporcionalmente falando.
A única das sete crianças da primeira classe que morreu foi uma menina de dois anos que se perdeu dos pais na corrida aos botes. Já entre as 80 da terceira classe, morreram 55.
O navio considerado inafundável tinha botes para apenas metade dos passageiros e tripulantes. E, apesar de o navio Carpathia ter partido em socorro imediatamente e ter chegado ao local do naufrágio com o nascer do sol, o frio do mar (a água estava abaixo de zero) diminuiu as chances de sobrevivência.
Outro ponto abordado por Lord é a celebridade dos mortos e o escândalo causado por isso.
Charles Chaplin só lançaria seu primeiro curta-metragem em fevereiro de 1914. Em 1912, não havia a indústria do cinema como hoje, assim como não existia televisão ou superastros da música.
Daí o fato de a "high society" ser a matéria prima para as publicações de fofoca do início do século.
Estavam no navio figuras como o dono da editora Harper, o dono da companhia de transatlânticos do Titanic e o fundador da cadeia loja Macy's -uma classe que viajava para Paris com dezesseis baús de bagagem por casal.
A morte desse grupo foi um escândalo semelhante, talvez, à morte de Tom Cruise, Clint Eastwood, Xuxa, Bob Dylan e Justin Bieber de uma tacada só, no primeiro voo turístico tripulado à Lua.
*
Leia trecho de "Uma Noite Fatídica", de Walter Lord:
A noite foi uma confirmação magnífica da norma "mulheres e crianças primeiro", mas de alguma forma a proporção de vidas perdidas foi maior entre as crianças da terceira classe do que entre os homens da primeira. Esse contraste nunca passaria despercebido pela consciência social (ou pelo faro para notícia) da imprensa de hoje [1955].
O Congresso tampouco se importou com o que aconteceu com a terceira classe. A investigação do senador Smith sobre o Titanic abrangeu tudo sobre o sol, até mesmo do que era feito um iceberg ("gelo", explicou o quinto oficial Lowe), mas a terceira classe recebeu pouca atenção. Apenas três das testemunhas eram passageiros da terceira classe. Duas delas disseram que haviam sido impedidas de ir para o convés principal, porém os legisladores, não deram seguimento ao caso. Também aqui, o testemunho não sugere nenhum acobertamento deliberado -simplesmente não havia interesse.
Nem mesmo os passageiros de terceira classe ficaram incomodados. Eles viam a distinção de classes como parte do jogo. Olaus Abelseth, pelo menos, considerava o acesso ao convés principal um privilégio incluído na passagem da primeira e da segunda classes... mesmo quando o navio estava afundando.
Estava nascendo uma nova era; e, desde aquela noite, nunca mais foram vistos passageiros de terceira classe tão filosóficos.