terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Torre do Big Ben em Londres pode acabar em Pisa

Matéria interessante que saiu hoje no site da Folha de S. Paulo.


Prédio do Big Ben se inclina como torre de Pisa

DA FRANCE PRESSE

A torre do Big Ben vem se inclinando cada vez mais, de forma semelhante à de Pisa, mas numa escala muito menor, levando uma comissão parlamentar britânica a decidir se encarregar de um fenômeno atualmente visível a olho nu.
Segundo uma investigação oficial, com conclusões publicadas em 2010, a inclinação do Big Ben foi acentuada em agosto de 2003 por motivos desconhecidos, e aumenta anualmente 0,9 mm.
Um porta-voz da Câmara dos Comuns relativizou o risco e a urgência do assunto, ao informar à AFP que os deputados vão "estudar se convém pedir às autoridades que comecem a pensar em formas eventuais de renovar Westminster".
O palácio, que possui algumas partes remontando ao século 11, abriga as duas câmaras do parlamento britânico e a torre do relógio de 96 metros de altura concluída em 1859, conhecida como Big Ben, nome que na realidade pertence ao maior de seus sinos, de 13 toneladas de peso.
"É o começo de um processo muito, muito longo", uma vez que o exame preliminar pode durar entre 15 e 20 anos, precisou o porta-voz.
"Não há nenhum perigo imediato", comentou à BBC John Burland, especialista do Imperial College de Londres.
Ao ritmo atual, "serão necessários 10 mil anos para se chegar ao ângulo da Torre de Pisa", acrescentou.
Richard Lewis/AP
Vista da torre do Big Ben em Londres; inclinação do prédio aumenta 0,9 mm ao ano
Vista da torre do Big Ben em Londres; inclinação do prédio aumenta 0,9 mm ao ano
Segundo ele, a inclinação da torre e as rachaduras constatadas no palácio de Westminster remontam provavelmente a muitos anos, não estando diretamente ligadas às construções de um estacionamento subterrâneo de cinco andares e a uma nova linha do metrô, no final do século 20.
Os deputados encarregados da gestão patrimonial do palácio de Westminster devem examinar todas as opções, incluídas as mais radicais como a demolição, o aluguel ou a venda.
Estas últimas possibilidades "seguramente não fazem parte da reflexão oficial", comentou um porta-voz da comissão.
Segundo o jornal "Daily Telegraph", a medida de recompra interessaria a "investidores estrangeiros", que poderiam ser russos ou chineses.

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